Escrita terapêutica
- Isadora Pimenta
- 18 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de mar. de 2024

A escrita terapêutica, também conhecida como escrita expressiva, é uma prática que tem sido utilizada para promover o bem-estar emocional e psíquico. Uma das primeiras formas estruturadas foi o método do diário intensivo, desenvolvido por Ira Progoff na década de 60. Esse método envolve escrever regularmente em um diário sobre pensamentos, sentimentos e experiências pessoais, com o objetivo de explorar e compreender melhor a si mesmo.
Além do método de Progoff, a escrita terapêutica também foi impulsionada pelos estudos do psicólogo James W. Pennebaker que, em suas pesquisas, descobriu que escrever sobre experiências emocionalmente desafiadoras pode levar a melhorias significativas na saúde de modo geral, incluindo a redução do estresse e ansiedade, e até mesmo a melhoria do sistema imunológico. Essas descobertas mudaram a maneira como a escrita terapêutica é compreendida e praticada, reconhecendo seu potencial transformador na vida das pessoas que a utilizam.
Para escrever de forma terapêutica, é imprescindível saber se escutar, ou seja, é fundamental saber ouvir a própria voz. Essa prática nos convida a aprender sobre nós mesmos, estando atentos a esta escuta e escrevendo sobre ela, sem a necessidade de que essa escrita seja bonita, gramaticalmente correta ou poética. É uma escrita individual, desinibida e por vezes até incoerente, tendo como principal interlocutor o próprio autor. É um espaço livre para investigação de si mesmo.
Esta é uma ferramenta investigativa do ser complexo e em constante transformação que somos. Ela nos ajuda a visualizar nossos avanços psico-emocionais, a identificar nossos padrões e tendências, a perceber lições que já aprendemos e a registrar o mapa mental do nosso percurso, nos ajudando a ressignificar nossa história e ampliar nossa percepção sobre nós mesmos.
Ao escrever, observamos o processo de (des)construção de nossos pensamentos e emoções. A proposta é registrar os contornos psico-emocionais e, ao olhar para eles no papel, percebê-los e, se necessário, reinventá-los.
A escrita terapêutica nos convida a uma jornada de autoconhecimento e autotransformação. É uma prática acessível a todos, independentemente da idade, gênero ou do contexto de vida. Se você ainda não a pratica, que tal experimentar? Permita-se explorar esse universo da escrita criativa e terapêutica e descubra os benefícios que ela pode trazer para a sua vida.
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